5 de abril de 2011

O Que Está Bom é Inimigo do Melhor

Qual é a hora de fazer algo diferente? Inovar, sair da rotina, fazer as coisas com mais intensidade e não ter medo de dizer sim para as oportunidades que aparecem? Aliás, qual é o problema de dizer mais vezes a palavra “sim” do que a palavra “não”?

Na maioria do nosso tempo, apesar da correria e dos compromissos, a vidinha que se apresenta para ser sentida é bem confortável. Um emprego, os estudos, um amor, bons amigos, nossa cama, nossa rotina enfim, tudo torna-se um costume. A acomodação se instala no cotidiano das tarefas do dia a dia. Mesmo os momentos de lazer, as saídas, sempre são para os mesmos lugares, fazem-se sempre as mesmas coisas e não se percebe como inovar pode ser fácil até nas coisas mais simples, como ver um filme ao lado de quem se gosta ou caminhar na rua, por exemplo.

Por consequência dessa acomodação, muitas oportunidades passam em sua frente e você nem se dá conta. Convites para sair da rotina se tornam chatos, afinal, “está tão bom do jeito que está”, não é mesmo? Quando a situação é confortável, nunca pensamos em melhorá-la, apenas em mantê-la. E se alguém for contra, tentar algo diferente, vários serão os poréns para que tudo não passe de uma ideia, sem se tornar realidade. Isso acontece nas relações familiares, de amizade, nas amorosas, sempre quando não sabe-se respeitar a ideia do outro. E estas relações, apesar de todo o amor nela contidas, se desgastam pela insistência da prioridade do “não”, do “está bom assim”, da aversão à mudança que naturalmente temos.

Apenas quando acontecem mudanças drásticas nas nossas vidas, como a perda de algo ou alguém que gostamos – a ruptura daqueles mesmos laços que falei lá em cima (sair do emprego, perder um amor, afastar-se das amizades, terminar os estudos e perceber que os colegas não serão mais a companhia de todo dia, enfim, tudo isso que acontece de vez em quando) – toma-se a atitude de repensar tudo aquilo que, lá atrás, o comodismo não deixava. E é aí que mora o perigo. Pode ser, e geralmente é, tarde demais. Aquilo que o nosso comodismo reprimia em relação ao que poderíamos dar de carinho acaba afetando tudo o que tinha acontecido antes. Fica apenas o lamento e um certo arrependimento. Mas nada que impeça de reciclar a vida, passar a viver mais a filosofia do sim, mudar os contatos, ir à busca de novos ideais, novos amores e tocar a vida em frente, passando a régua em tudo o que nos fez mal.

Saber a hora certa de dizer sim ou não é uma virtude que deve ser trabalhada com o tempo. Mas estar aberto a novas experiências é primordial. Não tenha medo. Viva as novidades. Viva o SIM!

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