31 de maio de 2011

[OUTRAS IDEIAS] Lipo-as-Piração - A Ditadura da Beleza *

Pelo amor de Deus eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que eu não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela beleza estética pela busca ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração??

Uma coisa é saúde e outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto-imagem. Religião é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação.

Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.

Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer, não.  Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.

A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?

A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem. Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.

Não importa o outro, o coletivo. Jovens não têm mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.

Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal, mas...

Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser. Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude.

Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.

*Herbert Vianna, cantor e compositor



25 de maio de 2011

Música da Semana - O Que É o Amor?

O amor é tão sublime e tão puro que ele chega a ser indescritível, inexplicável. Na obra-prima da minha cantora preferida, o CD Samba Meu de Maria Rita (Warner, 2008), que traz sambas de grandes compositores, a música de Arlindo Cruz tenta definir o que é o amor. Tenta. O amor tem várias formas, vários jeitos.

O amor nos faz renascer, brilhar, despertar para uma vida cheia de felicidade e novidade. Mas você tem a resposta? O que é o Amor? Eu, finalmente, estou encontrando ele, de verdade. Ele é lindo e não exige nada em troca, só a alegria de ver a pessoa amada feliz. É luz, emoção, faz bem. É maravilhoso!

O QUE É O AMOR?
Maria Rita
(Arlindo Cruz / Maurição / Fred Camacho)

Se perguntar o que é o amor pra mim 
Não sei responder
Não sei explicar
Mas sei que o amor nasceu dentro de mim
Me fez renascer
Me fez despertar


Me disseram uma vez
Que o danado do amor
Pode ser fatal
Dor sem ter remédio pra curar


Me disseram também
Que o amor faz bem
E que vence o mal
E até hoje ninguém conseguiu definir
O que é o amor?


Quando a gente ama, brilha mais que o sol
É muita luz
É emoção
O amor


Quando a gente ama, é um clarão do luar
Que vem abençoar
O nosso amor

24 de maio de 2011

[OUTRAS IDEIAS] Um Domingo Qualquer

O blog hoje estreia a coluna Outras Ideias, que vai trazer, sempre de terça pra quarta, um texto de algum amigo ou de outros autores/blogs sobre temas dos mais interessantes. Nessa semana, meu time do coração, o Flamengo, anunciou que Petkovic irá se aposentar no próximo dia 05 de junho, em partida contra o Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro. Nessa semana também fazem 10 anos do jogo de futebol mais inesquecível da minha vida, a final do Campeonato Carioca de 2001, que ocorreu em 27 de maio de 2001, no Maracanã. O blogueiro Rica Perrone (www.ricaperrone.com.br) escreveu uma crônica maravilhosa sobre esse jogo, que reproduzo aqui. Até você que não é flamenguista - assim como Rica Perrone, que é são-paulino - vai gostar do texto. 

Abraços do Rodrigo Rochadel

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Era um dia frio, sem chuva.  Seria um dia chato, não fosse o Maracanã lotado e a expectativa de um título. Ele não era fanático, sequer tinha visto o estádio lotado na vida, até então.  Tinha 13 anos e torcia, timidamente, para o Palmeiras, apesar de morar no RJ.

Naquele domingo seu pai o levou na final.  De bandeira, camisa e ingresso na mão, chegou assustado com a multidão. Entrou faltando 15 minutos pra começar e, quando olhou em volta, disse: “Pai, quantas pessoas têm aqui?”.

- Muitas, filho… uma nação inteira, disse o pai.

Aquela multidão explodiu em faixas, bandeiras e papel picado minutos depois.  O garotinho se encolheu com medo e sentou.  Com 1 minuto de jogo a torcida levantou e não deixou que o guri visse mais nada. Ele ouvia, sentia, mas não assistia.

Seu pai, rubro-negro fanático, não tinha muita esperança de que seu pivete palmeirense um dia se envolvesse com futebol. Jamais mostrou grande interesse, e só torcia porque tinha um amigo que era Palmeiras.

O Flamengo saiu ganhando, mas não bastava. Tinha que ser com dois gols de diferença, ou nada. Seu pai explicou que “faltava um”, e o garotinho não entendeu. Afinal… vitória não é vitória de qualquer jeito?

Sofreu um gol, e ele não tirou sarro do pai como sempre fazia. Ficou triste, como que contagiado pela multidão. O outro lado, 40% do estádio apenas, fazia barulho, e ele ouvia o silencio da nação a sua volta. Segundo ele, o silencio mais dolorido que já escutou na vida.

O Flamengo fez o segundo, e o garotinho, se envolvendo com o jogo, vibrou. Pulou no colo do seu pai e o abraçou como se fosse um legítimo urubuzinho.

Não era, ainda.

A torcida começou a cantar o hino, que ele sabia de cor de tanto ouvir o pai cantar.  Pela primeira vez, cantou num estádio, e fez parte da nação. A angústia de milhares não passou em branco. Em mais alguns minutos o garotinho suava e já rezava de mãos grudadas ao peito.

O Flamengo virou, mas não bastava.

40 minutos do segundo tempo. Mesmo com 2×1 no Placar, a nação ouvia gozações do outro lado. Ele não entendia, e fez o pai explicar, mesmo num momento dramático do jogo.

Atencioso, o pai sentou e contou pro garoto que o Flamengo precisava ter 2 gols de vantagem, porque a vitória por um gol empataria a soma de 2 jogos, e o empate era do rival. Ele não entendeu bem, mas simplificou em sua cabeça: “Mais um e ganharemos”.

Opa… “ganharemos”?  Ele não era palmeirense?

E então, aos 43 minutos, onde alguns já se mexiam na direção da saída, uma falta do meio da rua.  Seu pai vibrou e ele questionou: “O que foi? Foi pênalti!? “

- Quase isso, filho!! Dali pro Pet é pênalti!!, profetizou o pai, ignorando a distancia da falta.

A cobrança… o silencio eterno de 1 segundo e a explosão.  Gol do  Flamengo! Petkovic! E seu pai o abraça como nunca abraçou em toda sua vida. Pula, joga o garoto pra cima, beija, chora…

O garotinho, numa mistura de susto com euforia, olha em volta e, de braços abertos, comemora em silencio um gol que não era dele.  Sem razão, ele chora. E chorando, abraça o pai que, preocupado, rompe a alegria e pergunta: O que foi? O que foi? Se machucou?

- Não…  Eu to feliz, pai!

Sem mais palavras, o pai sentou e abraçado ao garotinho deu um abraço de tricampeão. O jogo acabou, e os dois continuaram abraçados.

A festa rolando, os dois assistindo a tudo aquilo emocionados, o garotinho absolutamente embasbacado com a cena, já que nunca havia visitado um estádio lotado, muito menos uma decisão. O pai olhava pro campo e pro filho, porque sabia que, talvez, aquele fosse seu único momento na vida onde teria a imagem de seu garoto comemorando um titulo do time dele.

E chorava, sem vergonha nenhuma de quem estivesse em volta.

O menino foi embora pensativo, eufórico. Em casa, contou pra mãe com uma empolgação incomum sobre tudo que viveu naquela tarde. E não falava do jogo, apenas da torcida.  Iludido por uma frase, contou pra mãe:

- Aí, no finalzinho, teve um pênalti! E o Flamengo fez o gol…

- Não filho… não foi pênalti! Foi de falta.

- Mas você disse que foi pênalti…

- Era modo de falar…. Hahahahahah

- Então, mãe…  aí, o cara fez o gol e a gente foi campeão!!!

Pronto. Aquele “a gente” fez o pai parar de colocar cerveja no copo, virar a cabeça lentamente e perguntar, com medo da resposta:

- A gente, filho?

(silencio…)

- É pai! O Mengão!!!!!

Emocionado, o pai abraçou o garoto e não falou nada. Ali, seu maior sonho virava realidade. A mãe entendeu, deixou os dois na cozinha e saiu de fininho, enquanto o pai começava a contar de uma outra final que viveu em mil novecentos e bolinha, com toda a atenção do novo rubro-negro.

Hoje o garoto  tem 21, completados há alguns dias.

Quando seu pai perguntou o que ele queria de presente este ano, a resposta foi essa:

- Dois ingressos, uma bandeira, a camisa nova e ver você chorando igual aquele dia.

E há quem diga que “futebol é bobagem”…

(Rica Perrone)

23 de maio de 2011

Entre a Fotografia e a Felicidade


Você limitou a sua felicidade àquelas bobagens que você sempre pensou. Preocupou-se mais com as ideias dos outros do que com as suas, e com isso construiu um sentimento inútil e falso.

O sorriso aparecia, mas nem você percebia que ele não era espontâneo. Aquele sorrisinho sem graça de quem finge que está plenamente contente, mas não está... Inocente, você não sabia que algo estava errado. Ou até sabia, melhor, pressentia, mas a sua situação era tão cômoda, conveniente, que achou melhor seguir assim mesmo. Pra que mudar?

Mudança é tão ruim, não é? Sair de uma situação confortável, onde tudo está praticamente desenhado, mesmo que te incomode um pouco, e encarar um futuro atraente, mas desconhecido (e que pode dar errado) é uma decisão para poucos. E você estava lá, preso a um presente que você sabia que ia dar errado. Mas se iludia com alguns minutos em que aquilo dava certo.

A ilusão e essa felicidade limitada vão caindo quando, finalmente, você se dá conta que os sorrisos momentâneos são tão ou menos frequentes do que as lágrimas que rolam. A vontade de viver essa mistura louca de sentimentos já não é mais a mesma. Um instante de raciocínio lógico e você percebe que lágrimas de tristeza e de angústia não combinam com a felicidade.

Criou coragem. Vai começar de novo? Ah, vai! Afinal de contas, nunca é tarde demais para se voltar a viver. Mesmo que a vida dure apenas mais um minuto, um dia, se isso for suficiente para que a sua felicidade seja retomada, rebuscada, e para que você coloque um sorriso em outra pessoa, já vale a pena. É o suficiente para que, ao menos para alguém, você se torne inesquecível.

O começo foi confuso. Depois de tanto tempo, parecia que tudo era novo, fascinante, mas dava medo. Onde isso vai parar? É uma felicidade indescritível, mas ainda não era a felicidade plena. A busca daquilo que faltava continuava.

Os momentos vão passando, a busca de momentos ainda mais felizes continua, mas de repente você pode se ver com alguém que consegue te dar a felicidade plena. Nem que esse alguém seja você mesmo. O sorriso é mais frequente. O choro é só de alegria. A saudade bate mais forte, mais rápido. O abraço é mais gostoso. A palavra “não” não existe mais nas suas respostas. Você não está mais preso aos momentos convenientes. O medo do novo não existe. Afinal de contas, descobrir o novo é bom. Sentir a pureza da cumplicidade é uma sensação única.

E depois? Cairás na conveniência de novo? Não! A lição já foi aprendida. É necessário sempre renovar, viver os dias como se fossem os primeiros, sem deixar de dar a importância devida ao passado. Afinal, sem este passado, você não teria aprendido. É necessário sempre ser diferente, ser novo. Mas procure sempre a plenitude da sua felicidade. A cumplicidade pode ser compartilhada todos os dias. O “novo” pode ser algo repetitivo. A sua rotina deve ser o prazer de viver e sonhar sempre com o mesmo amor. 

20 de maio de 2011

Novidades no Blog



Não sei se vocês perceberam, mas estou parado com o blog há duas semanas. Todo mundo merece um momento de reflexão. E pensando sobre o futuro da ferramenta aqui, achei melhor mudar. Teremos algumas mudanças aqui. Olha só:





TEXTOS DO RODRIGO


Os meus textos vão continuar sendo publicados sempre na noite de segunda pra terça-feira, sempre falando de coisas que a gente sente, do que acontece no nosso dia-a-dia, daquela forma que você já conhece.

TEXTOS DOS AMIGOS E DE OUTROS AUTORES


De terça pra quarta-feira, sempre teremos um texto escrito por outra pessoa... Amigos, textos retirados de outros blogs, tudo e todos aqueles que são importantes na minha vida e na minha história estarão por aqui.

MÚSICA DA SEMANA


De quarta pra quinta-feira, a música da semana, pra podermos curtir e viajar naquilo que toca nosso coração.

RESUMO DA SEMANA


De quinta pra sexta, um resumo da semana. Resumo mesmo, peculiar, e comentado.

Além disso, vão rolar vídeos diferentes, o layout do blog vai mudar, e outras novidades irão aparecer. Tudo pra deixar esse espaço ainda mais agradável.

Essas novidades não seguirão um roteiro. Lógico que existem aqueles dias em que você está absolutamente sem tempo e não atualiza nada. Mas vamos sempre tentar manter as novidades pra você.

Abraços e até segunda

5 de maio de 2011

Música da Semana - Just The Way You Are

Tem umas músicas que quando a gente escuta são tão bonitas e quando a gente analisa a letra falam tudo o que queremos dizer. Bruno Mars é especialista nisso.

A música dessa semana é a expressão do momento do Rodrigo. Bem apaixonadinho, e feliz por estar com uma pessoa que o faz feliz por ser quem ela é, sem precisar mudar nada.

O que é necessário pra conquistar uma pessoa? Moldar-se de uma maneira que a impressione? Fingir ser quem você não é apenas para conquistar uma paixão? Definitivamente não. Você sempre será atraente se possuir a confiança em si mesma e, principalmente, se nunca desistir de quem chama sua atenção. Viva a paixão com intensidade. A força de um sorriso, de um olhar, marcam.  E é isso que estou sentindo. Pra que impressionar? Você é incrível exatamente do jeito que você é.

3 de maio de 2011

Versão Para Impressão


Quando consultei o significado do verbo adorar no dicionário, me deparei com ele me dizendo que o verbo significa “amar extremamente”. Parei e fiquei pensando naquilo um tempo. Queria falar de um texto aqui no blog sobre como é bom escutarmos e falarmos que adoramos ou somos adorados, mas, puxa vida Rodrigo, “amar extremamente” não é forte demais para isso? Pensei bastante e cheguei à conclusão de que não, não é. O amor é que talvez esteja banalizado ou limitado a um pensamento de relacionamento homem e mulher, ou ainda a um sentimento de posse perigoso.

Pra quem você falou “eu te adoro” nos últimos tempos? Fala a verdade, muitas vezes você falou um “eu te adoro” porque “eu te amo” parecia muito forte. Ou porque o amor não é aquele de homem e mulher, de paixão, e você não quis confundir quem recebeu esse elogio de você. Porém, esse amor expresso no “eu te adoro” é tão ou mais bonito do que o, digamos, “amor apaixonado”. Sentir-se adorado provavelmente vai fazer de você uma pessoa melhor, te arrancar um sorriso, fará teu dia mais feliz. E expressar essa adoração pra alguém vai, provavelmente, te arrancar a mesma sensação. Ao mesmo tempo, a espera pela retribuição desse amor não é tão exigente quando o “amor” vivido trata-se apenas de paixão. Essa frase simples e profunda – eu te adoro – pode ser estendida não somente ao seu companheiro/ companheira, como também aos seus melhores amigos, à sua família, enfim, àquelas pessoas que você verdadeiramente quer bem, a quem você ama incondicionalmente.

O ápice do amor é quando conseguimos adorar uma pessoa. Por isso considero que dizer “eu te adoro” pra alguém seja tão importante e forte como dizer “eu te amo”. Trocar essas palavras, ou expressá-las através de atitudes para quem convive contigo vai fazer com que você se sinta bem. Quem sabe até seus problemas sejam amenizados, ou confortados, e aquilo com o que você tanto se preocupou seja tratado com mais esperança de que dê certo... Afinal, há quem te adore e estará do seu lado.

Ora, se o ápice do amor é quando conseguimos adorar quem amamos, em uma relação de paixão e companheirismo entre namorados (sim, você que é casado também tem que se considerar eterno namorado de quem está ao seu lado), ter essa adoração é um passo decisivo para a felicidade. Amar não é simplesmente ter a pessoa como seu companheiro. Mais do que isso, o amor é um ato de entrega, de envolvimento com a pessoa, de adoração. Não esconda de uma pessoa que a ama. Deixe de lado as inseguranças e medos que um novo amor – ou um amor renovado todos os dias – possa te oferecer. Se você sentir-se adorada e não apenas desejada, pode ter certeza, o caminho pra felicidade está traçado.

Adore. Diga que adora quem está ao seu lado todos os dias. Depois de ler esse texto, mande um e-mail, telefone ou, se possível (o que é melhor) procure pessoalmente as pessoas que você adora: seus amigos, sua família, aquelas pessoas especiais, e expresse todo esse sentimento. Da próxima vez em que você ver teu companheiro, fale isso com olhos nos olhos. E viva essa sensação gostosa, não o tenha apenas como seu. Seja para ele também. Viva essa entrega constante.

Tenho o prazer de estar renovando essa sensação gostosa de adorar alguém todos os dias. Aos amigos que sempre estão ao meu lado, e que me suportam em momentos difíceis e principalmente à família que sempre foi minha luz e proteção, adoro vocês sempre. E pra você, pessoa especial que chegou e, nesses 30 maravilhosos dias já tomou um espaço muito importante em minha vida, olhar teus olhos azuis e poder dizer que te adoro é mágico. Não podia haver algo melhor.

Eu te adoro.

A Sua - Marisa Monte
(Marisa Monte)
EP Compacto Simples – © 2001 EMI Music